Tudo igual. Tudo junto. Sem pares opostos, sem dicotomia, sem tese + antístese que vira síntese. Ou com tudo isso, desde que admitamos que a tese, a antítese, a síntese, os pares opostos, os elementos dicotômicos e tudo mais que você possa imaginar, são a mesma coisa. Não feitos da mesma coisa, não partes da mesma coisa, só a mesma coisa. Um grande montão de mesma coisa forçadamente separada por contornos-limites, contornos-razão-de-sofrimento, contornos-desarmonia.
(Um monte de gente famosa já disse isso, de um monte de jeitos, inclusive o moço que dizem ter nascido hoje - só que há muitos anos - e que não é o Papai Noel.)
O que me pergunto é: a partir de quando a vida deixa de ser uma pintura linda e harmoniosa pra se tornar um quebra-cabeças de peças que se trombam sem se encaixarem? Desde então, as individualidades gritam, isoladas, nunca capazes de complementar. Puramente individuais, sem criarem nada, sem comporem nada, sem serem nada. Impedidas de ser pelos limites que impuseram a elas mesmas. Ai, como o ser humano é bobo!